Schopenhauer
Arthur Schopenhauer, (1788-1860) nasceu na cidade prussiana de Danzig (atualmente Gdansk na Polônia), todos esperavam que ele se tornasse comerciante como seu pai. Com seus pais viaja para Bélgica, França, Suiça, Alemanha e Inglaterra. Com a morte do pai, muda-se com sua mãe (escritora) para Weimar, tornando sua casa um centro cultural. Desentende-se com a mãe e passa a viver sozinho. Viaja para Roma, Nepal e Veneza. Morre só e deixa seus bens para instituições de caridade.
Seguidor do pensamento de Kant, foi um profundo crítico de Hegel, considerando-o um charlatão, um mercenário, responsável por “à mais vazia e insignificante conversa fiada com que jamais se contentou algum pateta”, chamando-o assim de o maior sofista do seu tempo.
Conforme o apresentado por Reale & Antiseri, ele é contrário ao materialismo (que reduz tudo à maetéria) e ao realismo (que considera que a realidade externa se reflete por aquilo que está em nossa mente), para ele o mundo é uma representação. “Tudo o que existe para o conhecimento, isto é, o mundo inteiro, nada mais é do que o objeto em relação com o sujeito, a percepção que se dá pelo espírito que percebe, em suma, representação…”
Mas essa representação não é a coisa em si, mas é considerado um fenômeno. Enquanto para Kant este fenômeno é a única realidade cognoscível, para Schopenhauer esse fenômeno é a ilusão que envolve a realidade das coisas. A essência de nosso Ser é a Vontade, e a essência do mundo é vontade insaciável. A vontade é conflito e dilaceração, e portanto dor. (Reale & Antiseri)
Dentre suas principais obras, citamos:
Sobre a Raiz Quádrupla do Princípio da Razão Suficiente O Mundo como Vontade e Representação Sobre a Vontade da Natureza Os dois Problemas Fundamentais da Ética Parerga e Paralipomena
Bibliografia de referência: STORIG, Hans Joachim – História Geral da Filosofia – Editora Vozes – 2008 REALE, Giovanni – ANTISERI, Dario – História da Filosofia – Volume 3 – Editora Paulus – 1990 O livro da Filosofia – Editora Globo – 2011