Rousseau
Jean Jacques Rousseau (1712-1778), nascido em Genebra, teve uma vida de muitas incoerências, lutas internas e sentimentos passionais, mostrando-se intranquilo e infeliz. Sua mãe morreu no parto, fugiu dos estudos aos 16 anos e acabou sob influência de uma mulher mais velha, que atuou como sua mãe e amante, vivendo vários anos em sua companhia. Foi através dela, que abandonou o calvinismo do seu pai, passando a seguir a igreja católica. Viveu posteriormente em Paris e em outras cidades francesas, bem como na Inglaterra. Teve estreitos contatos com Diderot e com os enciclopedistas, rompendo posteriormente em função de divergências quanto a avaliação da sociedade no tempo.
Apesar de ser iluminista, aparece em seus textos e posições as primeiras sementes que darão início ao movimento do romantismo.
Formula a hipótese de que o Homem em seu Estado Natural é bom, íntegro, sadio e moralmente reto (o bom selvagem), sendo a maldade e a injustiça, fruto dos desequilíbrios da ordem social existente.
Em sua obra “O Contrato Social”, ressalta o caráter livre do homem, e entende que somente através de um contrato social entre iguais, baseado na voz da consciência humana, a liberdade pode ser mantida. É através disso, da consciência, que ocorre a renúncia dos interesses privados e individuais, sendo substituídos pela vontade coletiva, geral.
Dentre suas principais obras, citamos:
Discurso sobre as ciências e sobre as artes – 1750 Discurso sobre as desigualdades – 1755 Nova Heloisa – 1761 O Contrato Social – 1762 Emílio – 1762 Confissões – 1778
Bibliografia de referência: STORIG, Hans Joachim – História Geral da Filosofia – Editora Vozes – 2008 REALE, Giovanni – ANTISERI, Dario – História da Filosofia – Volume 2 – Editora Paulus – 1990